sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Sara, a boneca

Sim, desde que a sara saiu da barriga, a Leticia acha que ela é uma boneca. Quer pegar na mão toda hora, beijar, dar sua mamadeira, trocar fralda...
Por isso resolvi fazer uma sessão de fotos da Sara junto com as outras bonecas da Lelê. Claro, quando ela estava na escola!!

Sara sentadinha no sofá 
 Oooops, é difícil ficar sentadinha
 Ainda bem que tem a Tata pra segurar a Sara, porque vai escorregando em questão de segundos
 Mamãe achou melhor aproximar todas as bonecas e apoiar a Sara no neném grande
 Uma cotoveladinha no neném. Com licença.
 Agora, sim, a foto oficial das bonecas
 Tchau, pessoal, até a próxima!

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Ser Mãe

Ser mãe não é estar mãe. Ser mãe é uma condição perene. Para mim, o significado de ser mãe é 'doação'. Pimeiro vem a escolha do fim da solidão. Nunca mais uma mulher que vira mãe se sentirá sozinha... o filho pode até abandonar sua mãe, mas essa mulher, agora mãe, terá sempre outra pessoa em seus pensamentos. As doações subsequentes a essa escolha são menos intangíveis... são reais, visíveis a olho nu. Eu sou mãe, portanto me doo constantemente, desde a concepção até o cotidiano... 100% doação. Doei meu corpo para abrigar o desenvolvimento da Leticia e da Sara (corpo este que não é e nunca mais será o mesmo, pelos simples fato de ter carregado no ventre as vidas que agora estão aí), dôo meus pensamentos, meu amor, meu tempo, meus dias, minhas noites, dôo minha comida (sim, dividir um prato com a Lelê é abrir mão da melhor parte da comida para ver o prazer no rosto da minha filha, para ter a certeza que ela estará satisfeita, sim, de barriga cheia).
Ser mãe é abrir mão da beleza por um tempo (Qual mãe amamenta dia e noite seu recém nascido e não coleciona olheiras, cabelos secos e cansaço?).
Ser mãe é sinônimo de uma lista enorme de sentimentos que antes apareciam de vez em quando, ou de forma menos intensa: o tal do amor incondicional, a paciência, a insistência, a felicidade.
Ser mãe é a gente se sentir um pouco Deus. Afinal, quem pode gerar vida à sua imagem e semelhança?

Primeiro maná da Lelê em casa (15 de setembro de 2011)
Primeira amamentação da Sara, no Hu, 4 de outubro, 22h25


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Parto HU - UFSC


Finalmente encontrei o tempo, a oportunidade e a inspiração para escrever sobre o dia 4 de outubro, a sexta-feira que a Sara chegou. Mesmo a pequena recém nascida estando aqui, nos meus braços, agora é a chance.
Inicialmente eu escreveria sobre a maternidade do HU e o nascimento da Sara, mas a postagem foi ficando gigante e confusa, então resolvi separar. Primeiro falarei de como funcionam as coisas na maternidade do HU, e outro dia termino de contar sobre o nascimento da Sarinha.

Esse post tem a intenção de informar as pessoas que procuram no Google por parto natural, parto humanizado, parto de cócoras no HU da Universidade Federal de Santa Catarina. Como eu achei poucas informações na rede sobre isso, resolvi fazer uma descrição bem detalhada para ajudar outras mamães que estejam procurando saber como as coisas funcionam (e bem)  por lá.

Chegada:
Para dar entrada na maternidade do HU, o que levar: documento de identidade e cartão do SUS. Eles fazem na hora, mas se você tiver um número já ajuda. Acho que chegar lá cheia de dores, ou com a bolsa estourada e ainda ter que fazer cadastro não é agradável.
A entrada é pela Emergência do HU. Entrando pelo estacionamento, à esquerda. Entrega a identidade, a carteirinha do SUS, e em 2 minutos entregam um papel e encaminham para a emergência ginecológica/obstétrica. É bem fácil de chegar.
Não leve bolsa, nem a mala da maternidade. Nem você e nem seu acompanhante. Lá eles tem tudo que precisamos emergencialmente. Não vai precisar de bolsa, nem roupa, nada, e nem tem onde colocar lá.

Emergência ginecológica/obstétrica:
Fomos recebidos por uma enfermeira, foi medida pressão, verificada minha temperatura, e logo um estudante do último ano de Medicina me examinou, anotou tudo referente a minha saúde, a gravidez e tudo que estava no cartão da gestante. Nesse momento, em que eu estava me esvaindo, com a bolsa rota, ele já peiu para eu colocar a camisola do HU, e em seguida trocou o plantão dele por uma outra  moça, também do último ano de Medicina. Foi ela que me deu a notícia que às 18h15 eu estava com 2 ou 3 centímetros de dilatação. A expectativa generalizada é que eu passaria a madrugada ali. Nesse momento eu não tinha dores fortes, apenas o incômodo da bolsa estourada, vazando.
Dali fui para a máquina que mede os batimentos cardíacos do bebê e a frequência das contrações.
Ali as enfermeiras são todas muito simpáticas e atenciosas, contam histórias, perguntam da gente. Me senti bastante acolhida.
Confirmado, eu estava em trabalho de parto (claro, com a bolsa rota), fui encaminhada para o Centro Obstétrico propriamente dito, onde os partos acontecem.
Quem me recebeu foi a enfermeira Fernanda, ela passeou comigo em todo o espaço, me mostrou as salas... Aquele dia estava bem tranquilo, não vi muitas grávidas, apenas uma jovenzinha (acompanhada de sua mãe) tomando banho quente, já no final do trabalho de parto (que infelizmente teve que ser conduzido para uma cesárea de emergência).
O que a Fernanda me mostrou: a sala do pré-parto. as salas de parto, a sala da recuperação, e a sala (super quentinha) onde os bebês são pesados, higienizados e vestidos imediatamente após o parto.

Sala do pré-parto: são 3 camas com 3 poltronas para o acompanhante, separadas por paredes, mas um corredor que liga elas, e por onde transitam os enfermeiros, os médicos, residentes e doutorandos.
Ao lado dessa sala tem dois banheiros que podem ser usados livremente pelas grávidas, inclusive um chuveiro com água quente, bem legal para relaxar. Também tem bola de Pilates, e outros aparelhos para ajudar o trabalho de parto e a dilatação.

Salas de Parto: são 3 salas de parto. Duas para o parto normal, e uma equipada para a cirurgia da cesariana. As duas salas de parto normal têm luzes com intensidade mais baixa para não assustar o neném, e tem uma espécie de cadeira/trono alta, com a barra de aço para o famoso parto de cócoras,  cujo HU-UFSC é referência nacional.
Nesse quesito achei a questão da segurança para mamãe e bebê bem melhor do que na Santa Helena. Lá, eu fiz meu parto normal numa sala de cirurgia, ou seja, as chances de infecção aumentam. Por isso a importância de ter salas separadas para parto normal e cesarianas.

Sala de recuperação: Uma sala grande onde todas as mamães vão em suas macas após o parto, seja ele normal ou cesareano. É uma sala bastante clara, onde todos falam a vontade. Nesse momento os bebês estão com os acompanhantes das mamães na sala quentinha, tomando banho, pesando, medindo. uns 20 minutos depois o Jaime chegou com a Sara nos braços. Ali eu fiquei por uma hora para que as enfermeiras pudessem ver a evolução do meu útero, e medir minha temperatura, a cada 10 minutos. Esse momento é bem importante para verificar a ocorrência de hemorragia, diminuição do útero, etc. Nessa ocasião também amamentei pela primeira vez a Sara e pedi por um lanchinho desesperadamente. Como o parto foi normal, fui atendida. As cesarianas tem que esperar 6 horas para se alimentar.

Pós Parto:
Depois da Sala de Recuperação passei para uma maca de rodinhas e fui levada para o terceiro andar, onde ficam as acomodações. Fomos eu, a enfermeira empurrando a maca e o Jaime segurando a Sara. Chegando lá, fomos "entregues" a outro grupo de enfermeiras. Elas nos encaminharam a um quarto, que eu dividi com outra parturiente. Dentro do quarto tinha um banheiro para nós duas. O quarto era dividido por uma cortina, mas nós duas resolvemos ficar batendo papo, e nem fechamos a cortina. No quarto tem as camas, as mesas para fazermos as refeições (dessas que encaixam na cama de hospital), uma mesinha de apoio e uma cadeira. Por esse motivo meu marido não ficou para dormir. Como era meu segundo bebê, achei até melhor, pois eu sabia que naquela primeira noite (e tantas outras subsequentes), não teria o que ele fazer ali, afinal, eu passei a noite toda amamentando e trocando fraldinha. No dia seguinte, as 8h30 ele estava de volta.
Limpeza: a limpeza do quarto era feita a cada 4 horas. Entrava uma moça, limpava o banheiro, tirava todos os lixos, perguntava se estava tudo bem. Muito mais eficiente que na Santa Helena, onde diversas vezes tivemos que implorar para tirarem o lixo do banheiro e levar as bandejas de alimentação.
Roupa de cama: sempre limpa, trocada e com muitos cobertores.
Alimentação: balanceada, sem frescura. Não tinha carne dura, gostei de tudo. No corredor, na bancada das enfermeiras tinha disponível: chá, bolachas e pãozinho doce (que eu ataquei nas duas madrugadas que passei lá). Também em cada mesinha das mamães tinha uma jarrinha e copo, eu repunha água no bebedouro do corredor, varias vezes ao dia.
Assistência ao Bebê: o bebê saiu do centro obstétrico usando roupinhas do próprio HU, depois que chegamos nas acomodações meu marido foi no carro buscar a nossa malinha. Foi quando eu já tomei um banho, e coloquei meu pijama. O bebê eu só troquei no dia seguinte, após o banho. Nas 36 horas que passamos lá, o bebê fez teste da orelhinha, olhinho e o teste d coração com 25 horas de vida. Também foi uma enfermeira especialista em amamentação, mas na verdade todas as enfermeiras ajudavam. Nesse quesito gostei muito. Na Santa Helena, cada enfermeira dizia uma coisa, era horrível para uma mãe de primeira viagem. a neonatologista que deu a alta do bebê era muito querida e atenciosa. Tirou todas as dúvidas, e explicou tudo, do umbigo a icterícia... bem detalhado.
Assistência a mamãe: sempre fui examinada por um residente. todos falando baixinho, discretos, perguntando sobre o parto, o neném, etc.



Enfim, saí de lá com meu tesouro nos braços com a clara certeza que estava devendo algo para aquelas pessoas todas. No HU pude ver mães de todas as classes sociais sendo atendidas exatamente da mesma forma, um exemplo de hospital público, e sobretudo de pessoas que vivem para cuidar de outras pessoas, que estão tão fragilizadas pelas horas de trabalho de parto e pela responsabilidade de alimentar e criar um novo ser humano. Realmente a experiência do parto natural, sem nenhuma indução, nem analgesia, é o que considero o respeito por mim como mulher, mãe e ser humano.

Espero que a descrição ajude quem está procurando sobre como as coisas funcionam na maternidade do HU.
Daqui a uns dias contarei mais da minha experiência mais detalhadamente, de como a Sara chegou no HU. :)

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Registro papai Jaime

Seria muito fácil deixar essa mensagem do Papai Jaime sumir, escapar, por isso resolvi publica-la aqui mesmo, no blog onde no futuro as meninas, Leticia e Sara, poderão acompanhar como pensamos no momento em que nasceram e crescem.

"Queridos companheiros de jornada: nasceu a SARA. Foi na última sexta feira no finalzinho da noite.
Segue meu relato, publicado no facebook (e a música que dedico a ela http://www.youtube.com/watch?v=o1RQWPJxWXE&feature=share):
UM RELATO:
Minha filha, Sara, nasceu num hospital público: o Hospital Universitário da UFSC. AGRADEÇO o trabalho maravilhoso feito por todos que nos acompanharam. Minha esposa, Ana Cecília, entrou em trabalho de parto às 20:30h de sexta passada e ganhou nossa pequena às 21:56h. Não tomou nenhuma indução química, tampouco analgesia. Uma guerreira, a mãe. A natureza ajudou, mas ajudou muito, muitíssimo mesmo, o trabalho dos enfermeiros, a alegria dos estudantes, o acompanhamento dos professores. Um parto é um ato onde a mente trabalha tanto quanto o corpo, foi o que presenciei. Foi a primeira experiência que tive, como pai, num hospital público (tenho quatro filhos). Foi, sem dúvidas, a melhor.
Gostaria que toda a gente que cuida deste espaço tivesse o devido merecimento. Andei pela madrugada, depois do parto, até a rua, e lá ví doentes espalhados por corredores. Eram cerca de doze doentes na porta de saída da emergência. Fico pensando, sofrendo, ao ver que há uma grande equipe trabalhando por salvar vidas e que o dinheiro orçamentário, que hoje é farto, não chega ao destino final. Da mesma forma que agradeço aos seres humanos que fizeram com que nossa Sara viesse ao mundo com muita saúde e da melhor maneira possível, repudio o trabalho das instituições que não conseguem fazer cumprir seus desígnios. Chamo atenção para o estado deplorável do estacionamento do HU. Chamo atenção para as reformas que nunca acabam. Chamo atenção para um problema que não é do HU, mas da pequena política, da mesquinhez, da falta de vergonha na cara desta gente que se locupleta com o dinheiro público. Gente vil. Está espalhada pela universidade, pelos tribunais, pela empresas prestadoras licitadas,,,,
Agradeço aos HERÓES DA RESISTÊNCIA, que em meio a tudo isto, conseguem fazer o mundo girar para que uma pequena estrela possa brilhar.
Um beijo a todos que fazem deste lugar, um lugar melhor.

PS: Para ouvir a música é só colar e ....

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Sara chegou

Mais uma passarinha para cantarolar por este mundo. Sarinha chegou no dia 4 de outubro de 2013, às 21h56. Pouco a pouco vamos completando este blog, que é um verdadeiro álbum virtual desta família.


segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Leticia 23 meses


Faz muito tempo que não venho registrar nenhuma ocorrência da Lelê! A Sara ainda nem nasceu, mas o trabalho já está dobrado.
Estamos curtindo um inverno bastante frio em Floripa este ano, e a Lelê já teve otite 2 vezes, então agora decidi não leva-la para a escola quando estiver muito frio e com vento.
Pois então.. escrevi isso porque no futuro quero me lembrar de cada detalhe desses primeiros anos de vida das minhas filhas.


Desafio para o final do post: E aí, quem adivinha o lanchinho fora de hora preferido da Lelê: "papata". Ela adora comer depois das refeições, dentro do carro, quando a viagem é longa, e passeando de carrinho também.


Esse post está dedicado a descrever como a Leticia se mostra meiga e carinhosa, além de falante!
Há duas semanas estávamos sentadas à mesa, jantando, somente nós duas. De repente ela para de comer e fala: "Mamãe, batu". Aí eu perguntei: "O que, filha?", e o diálogo prosseguiu: "Batu". "ãh?" Repete mais uma vez que agora a mamãe vai entender". Eis que a lindinha ergue os dois bracinhos e diz: "Batu, mamãe, batu, batu". Chorei de emoçao... não é lindo ver um neném de menos de dois anos declarando seu amor no meio de uma refeição? Aquele pedido significava: "Abraço". Ela queria um abraço... talvez para me dizer que me ama, talvez para dizer que o papá estava bom, ou simplesmente para ficarmos ainda mais juntinhas...
Hoje outra cena de carinho se repetiu. Não levei a danadinha para a escola, e em dia chuvoso temos que inventar mil coisas para fazer dentro do apartamento mesmo. Uma delas é tirar uma looooonga soneca depois do almoço. Aproveitando que ela adora essa soneca, fomos dormir juntas na cama de casal, assim eu poderia também descansar a barriga (as costas, na verdade).
Lá pelas 13h30, eu ainda de olhos fechados sinto uma mãozinha passando de leve no meu rosto. Era a Lelê já acordada com aqueles olhos lindos enormes, me namorando.. fazendo carinho com o dorso da mão no meu rosto, de forma idêntica como eu faço nela. E para completar ainda ganho um beijinho de esquimó (nariz com nariz), seguido de um animado "Oi!". :)



Resultado do desafio: E aí, pensaram o que pode significar "papata"? Simplesmente: Uva passa.
;)



quinta-feira, 2 de maio de 2013

Dicionário da Leticia, 19 meses

Olá amig@s,

Lelê está muito falante, pena que algumas coisas não entendemos. Rs.... Mas outras ela fala com frequencia e já sabemos identificar. E também muitas vezes ela usa o mesmo vocabulário para muitos significados.

Mamãe: mamãe
Papai: papai ou qualquer outro homem
Mai: qualquer pessoa, mamãe, papai, Maria, qualquer pessoa que ela queira chamar.
Água: água
Apo: sapo, copo, leite ou suco
Ime: depois de muito tentar entender, percebi que é "Jaime".
au-au: cachorro
UUUuuuuu: vaca (que faz muuu)
uó-uó: vovó
baitú: sapato (se pede para ela repetir muitas vezes sai: "patú".
Baitu-baitu: Patati Patatá
Di (falado q nem pernambucano, com o D bem marcado): chupeta
Dé: descer (da cadeira, da cama..)
pupú: cocô
pipi: xixi
Ix (pronúncia: iqs): Netflix (palavra muito importante pra ela!)


Assim que for me lembrando farei inclusões no Glossário da Lelê.



segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Made in USA

Olá amig@s,

A vida é uma caixinha de surpresas mesmo.
Estamos aqui, há 15 dias de voltar para Florianópolis: malas prontas, muitos planos novos e expectativas para um retorno tranquilo, para reabitar nossa casa, mostrar o quartinho da leticia, e tudo mais que uma (nova) mudança envolve. Nesta semana que passou, aqui em Santa Barbara, finalizamos nosso "Garage Sale", vendemos o carro e quase tudo que tinha no apartamento. A sensação de missão cumprida estava muito perto quando ontem, domingo, resolvi fazer um teste de gravidez, sim, regras atrasadas, sensações estranhas: sono, vontade de comer a galinha com macarrão da minha sogra, e algumas outras esquisitices. Lá fui eu e Lelê na CVS mais próxima, compramos o teste e fiz na hora (e no dia seguinte, hoje, dia 18 de fevereiro, refiz o teste), o resultado?

Eu tremi muito na hora. O Jaime estava normal, como se nada tivesse acontecido, perguntando se realmente poderia confiar no teste, etc. Depois de muita euforia a ficha foi caindo (tem que ter uma expressão mais nova para essa expressão "ficha de orelhão", que muita gente nem vai entender). Sim, estou grávida. Comemoramos bastante, dançamos agarradinhos (os 3, claro), já imaginamos se será menino ou menina, e todo o filme de uma gravidez passa na nossa cabeça. Há 2 semanas de partirmos estamos com essa novidade e ainda meio zonza. A felicidade é algo que nunca deixou de estar presente com essa descoberta. Quando o amor é parte do cotidiano, não tem pílula (que eu estava tomando rigorosamente), ou amamentação (que é um inibidor natural da produção de óvulos, não 100% seguro, mas o é) que segure um espermatozóide que sai como louco correndo atrás de encontrar um óvulo fujão!

Bom, claro que já fiz os cálculos segundo a Tabela Chinesa (quem não acompanhou na gravidez da Leticia a saga de adivinhar o sexo do bebê, clica aqui), e o bebê que aqui está será um menino, com data prevista para chegar em 25 de outubro, segundo meus cálculos. A tabela Chinesa não errou o sexo da Leticia, e nem dos 5 filhos da vovó Ana Lúcia, agora é esperar a 16a semana para descobrir o sexo, estou na 4a semana de gravidez.
Bom, pessoal, reativando a Rádio Bebê com força total! Claro que não aguentamos esperar 12 semanas para dividir a novidade com todos vocês. Normalmente muitas mães tem receio de contar sobre a gravidez antes de completarem 12 semanas, pois esse período inicial requer muito descanso e tranquilidade para que a placenta se desenvolva bem dentro do útero e nenhum susto aconteça.
Bom, pessoal, agora vou descansar, porque aquele soninho básico da tarde já está batendo, e é uma delícia!!!
Deixem seus recadinhos aqui, que vamos adorar ler!


quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

1 ano passou...

Um ano pode passar rápido, devagar, ou nem rápido nem devagar, normal. Os últimos 12 meses foram vividos tão intensamente, tanta coisa aconteceu... Eu diria que foi um ano vivido em sua plenitude, e sim, para mim passou rápido.
Não é sempre que vivemos um ano observando um ser humano aprender a sentar, sentir seu próprio corpo, movimentar-se, levantar-se e caminhar....  Também não é sempre que temos a oportunidade de viver na plenitude como "estrangeiro". Ter dificuldade de se expressar livremente, como gostaria,  ter dificuldade de entender a lógica das coisas,  ter saudade de casa. Quantas vezes nesses 12 meses chorei de saudade? Muitas. A vida da maioria das pessoas queridas estava normal, e nós 3 aqui, nos descobrindo e redescobrindo: nova cozinha, novos caminhos, novos sonhos. Sim, isso tudo em 12 meses.
Etapas concluídas, objetivos, desenvolvimento da Lelê, mestrado... apesar do próprio Programa de Direito ter lutado contra a defesa e o término da minha dissertação, fui lá, apresentei e venci. Mas não foi simples assim. Foram 3 meses na rotina normal da Leticia (mamando de 3 em 3 horas, 24 horas por dia, aprendendo a comer comidas sólidas, ganhando dentinhos, aprendendo a sentar e engatinhar), em que tive que incluir sentadas de escrita, leituras e conclusões acadêmicas das 20h a 1h. Não são textos como o deste blog. Eram textos que me deixavam inquieta, me faziam pensar e, claro, escrever minha pesquisa, que espero que ajude algum outro estudante algum dia, ou que talvez eu a utilize para estudos futuros. Era Matemática, Economia, Teoria de Relações Internacionais... tudo fervilhando junto na minha cabeça. Ah! Claro, ainda as leituras sobre "primeiros alimentos sólidos", "como fazer o bebê dormir a noite toda", "o que fazer após a vacina".
Ah sim, ainda lembro que eu estava como estou agora. Nesse apartamento de 1 quarto, na cidade de Santa Barbara, na California, pensando: que lugar lindo, temos que aproveitar!
Cansou de pensar? Sim, esse foi meu ano de 2012! Minha sensação é ainda de ressaca, afinal, ainda estamos aqui, planejando a volta para casa, o desmame da Leticia (não, ainda não desmamei 100%), o momento de tirar a chupeta, a vontade de estar em um imóvel com mais que dois cômodos, de usar o banheiro sem pensar se a bichinha vai acordar com o "girar" da maçaneta (essa é fogo, né?).
E ainda tem mais... o pior de tudo, mesmo... Será a imensa saudade que sentiremos daqui. Como pode isso, menina? Não estávamos falando da vontade de "voltar para casa"? Sim, mas veja que esses últimos 12 meses existiram de forma tão intensa e especial, como não sentir saudade da organização de Santa Barbara? Do não engarrafamento, da não muvuca, do não calor, do não frio, da paisagem deslumbrante, dos homeless que ficam plugados na internet com seus laptops, dos parques, dos brinquedos que a Lelê sobe-e-desce, do meu grupo de mães (sempre tem alguém  pronto para encontrar caso eu queira/possa), dos vinhos, das minhas vizinhas (Nicole e Shadi)....? parece que saudade é uma palavra que me acompanha... que vai na minha bolsa. Que maravilha! Saudade não é o amor que fica mas não está agora? Pois então estou com saudade, quero voltar para casa. Mas também estou já com saudade desse ano MARAVILHOSO que passamos Jaime, Lelê e eu aqui... na California... onde tantos foram, voltaram, e nós continuamos aqui, mas também iremos, e quem sabe um dia voltaremos!
Bem-vindo, 2013, traga-me surpresas e saudades, por favor.















sábado, 12 de janeiro de 2013

Descobrir e brincar: 16 meses!

Foi escrevendo um e-mail para o vovô Thadeu que resolvi fazer essa postagem, afinal, esse blog existe para guardar as melhores recordações do crescimento da Lelê, desde a barriga.
No tal e-mail (que na verdade foi uma enorme mensagem provada pelo facebook), contei um pouco sobre como está a Lelê e seus 16 meses de vida. 
Quando a vejo deitada relaxada, esticada no bercinho, penso: Como ela cresceu! mas quando escrevo a idade de vida dela, levo um susto: 16 meses de vida? ãh!? Só viveu isso?! O tempo, o futuro, as expectativas de um mundo melhor esperam pela Leticia, mas hoje o mundo dela está aqui, em Santa Bárbara, Califórnia, em nosso pequeno grande apartamento de 1 quarto. Minúsculo para nós 3, cansativo.... e sim, Jaime, daqui a um tempo pensaremos: como conseguimos sobreviver por 12 meses num lugarzinho tão pequeno? Mas como tudo o que vemos e pensamos depende sob que ângulos olhamos.. esse pequeno apartamento é um mundo para a levada Leticia. Desde que começou a engatinhar, não pára de encontrar novos desafios aos seus olhos, e aos meus, não pára de encontrar coisas perigosas para se distrair.





Como a Leticia é muito ágil, mesmo sendo mais baixa que a média das crianças da idade dela, ela sobre em tudo, abre todos os armários, as portas de correr, as portas com maçaneta e a porta da sacada. Ou seja, não dá mais para segurar a moça. No final do dia estou exausta, mas o que paga o sorriso e a gargalhada dela quando abre uma porta (isso é novidade, o que ainda a deixa muito motivada e feliz), quando sobe uma cadeira e pega algum objeto proibido (iPad, Kindle, óculos do papai, esmalte, caneta, lápis, controles, pincéis de maquiagem (porque ela adora isso?!)?! 

Lelê em cima da frigideira



Com o frio que está lá fora não tenho coragem de sair com a bichinha, mesmo encasacando, prefiro brincar dentro de casa. (Inclusive estou aceitando sugestões de brincadeiras para dias de frio e/ou chuva). Então, essa semana também mostrei pela primeira vez o que é bolha de sabão. Ela ficou encantada!! No segundo dia da brincadeira ela estava querendo pegar as bolhinhas, abanava, apertava, mesmo já estouradas! Uma graça!



A Lelê é muito, muito, muito sapeca!! Ela já entende bastante do que falamos, já obedece ordens como "pegue o sapato, coloque a meia (ainda não sabe calçar mas tenta), vamos ler o livro, cadê seu copo, vamos para o bercinho.. etc" Ela também gosta de fingir que tudo é colar, porque ela me vê usandoaí quer também, então qualquer coisa ela coloca em volta do pescoço e vai pra frente espelho.. tudo serve: meia, camiseta, toalha, pano da cozinha. Tambem ela ADORA brincar de falar ao telefone. ela pega também qualquer coisa e coloca na orelha, e fica balbuciando, e no final fala: "Tau" (Tchau), ou então Bye (que ela sabe o que é também). Engraçado que aqui quase nao usamos o celular. Raríssimo. Muitas vezes ele fica até perdido, sem bateria.. nao sei com quem ela aprendeu... Ela também gosta muito de chaves no chaveiro.. ela anda balançando o molho, e se dirige até a porta, e diz "Tau" também. O que ela já sabe falar??? papai, mamã, papo (sapo, da musica: o sapo não lava o pé, não lava pq não quer.. ele mora lá na lagoa não lava o pé pq não quer, mas que chulé), fala au-au, mu-mu, aponta o dedinho para a mãozinha para dançar a musica do pintinho amarelinho.  








Ultimamente ela tem brincado muito com a boneca que ganhou do vovô Noel. Só que ela gosta de brincar mesmo é com o Jaime, comigo não. Ela dá pra ele cuidar, fazer dormir, colocar no sling... uma graça. Hoje fomos com a pediatra para tomar vacinas... ela fez muitos elogios.. disse que ela não é um bebê gordinho, mas tem um desenvolvimento muscular muito bom, bem atlético, q é para continuar incentivando subidas e descidas (não tem onde ela não suba, mesmo sendo pitoca), e corridas. Também os dentes estão todos perfeitos e limpinhos (também se não tivesse eu morria, porque eu escovo 2 ou 3 vezes ao dia, é um saco, mas tem que fazer)

Outra coisa importante: como a Lelê fala com as avós pelo Skype, não pode pronunciar a palavra "vovó", que ela fica louca apontando para o computador, pedindo para ver e falar com as avós, as duas, viu? 

Bom, o melhor de tudo é que uma hora ela cansa e desmaia. 


Logo, logo volto com mais novidades da Leticia sapequinha!