Ser mãe não é estar mãe. Ser mãe é uma condição perene. Para mim, o significado de ser mãe é 'doação'. Pimeiro vem a escolha do fim da solidão. Nunca mais uma mulher que vira mãe se sentirá sozinha... o filho pode até abandonar sua mãe, mas essa mulher, agora mãe, terá sempre outra pessoa em seus pensamentos. As doações subsequentes a essa escolha são menos intangíveis... são reais, visíveis a olho nu. Eu sou mãe, portanto me doo constantemente, desde a concepção até o cotidiano... 100% doação. Doei meu corpo para abrigar o desenvolvimento da Leticia e da Sara (corpo este que não é e nunca mais será o mesmo, pelos simples fato de ter carregado no ventre as vidas que agora estão aí), dôo meus pensamentos, meu amor, meu tempo, meus dias, minhas noites, dôo minha comida (sim, dividir um prato com a Lelê é abrir mão da melhor parte da comida para ver o prazer no rosto da minha filha, para ter a certeza que ela estará satisfeita, sim, de barriga cheia).
Ser mãe é abrir mão da beleza por um tempo (Qual mãe amamenta dia e noite seu recém nascido e não coleciona olheiras, cabelos secos e cansaço?).
Ser mãe é sinônimo de uma lista enorme de sentimentos que antes apareciam de vez em quando, ou de forma menos intensa: o tal do amor incondicional, a paciência, a insistência, a felicidade.
Ser mãe é a gente se sentir um pouco Deus. Afinal, quem pode gerar vida à sua imagem e semelhança?
Primeiro maná da Lelê em casa (15 de setembro de 2011)
Primeira amamentação da Sara, no Hu, 4 de outubro, 22h25
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