quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

1 ano passou...

Um ano pode passar rápido, devagar, ou nem rápido nem devagar, normal. Os últimos 12 meses foram vividos tão intensamente, tanta coisa aconteceu... Eu diria que foi um ano vivido em sua plenitude, e sim, para mim passou rápido.
Não é sempre que vivemos um ano observando um ser humano aprender a sentar, sentir seu próprio corpo, movimentar-se, levantar-se e caminhar....  Também não é sempre que temos a oportunidade de viver na plenitude como "estrangeiro". Ter dificuldade de se expressar livremente, como gostaria,  ter dificuldade de entender a lógica das coisas,  ter saudade de casa. Quantas vezes nesses 12 meses chorei de saudade? Muitas. A vida da maioria das pessoas queridas estava normal, e nós 3 aqui, nos descobrindo e redescobrindo: nova cozinha, novos caminhos, novos sonhos. Sim, isso tudo em 12 meses.
Etapas concluídas, objetivos, desenvolvimento da Lelê, mestrado... apesar do próprio Programa de Direito ter lutado contra a defesa e o término da minha dissertação, fui lá, apresentei e venci. Mas não foi simples assim. Foram 3 meses na rotina normal da Leticia (mamando de 3 em 3 horas, 24 horas por dia, aprendendo a comer comidas sólidas, ganhando dentinhos, aprendendo a sentar e engatinhar), em que tive que incluir sentadas de escrita, leituras e conclusões acadêmicas das 20h a 1h. Não são textos como o deste blog. Eram textos que me deixavam inquieta, me faziam pensar e, claro, escrever minha pesquisa, que espero que ajude algum outro estudante algum dia, ou que talvez eu a utilize para estudos futuros. Era Matemática, Economia, Teoria de Relações Internacionais... tudo fervilhando junto na minha cabeça. Ah! Claro, ainda as leituras sobre "primeiros alimentos sólidos", "como fazer o bebê dormir a noite toda", "o que fazer após a vacina".
Ah sim, ainda lembro que eu estava como estou agora. Nesse apartamento de 1 quarto, na cidade de Santa Barbara, na California, pensando: que lugar lindo, temos que aproveitar!
Cansou de pensar? Sim, esse foi meu ano de 2012! Minha sensação é ainda de ressaca, afinal, ainda estamos aqui, planejando a volta para casa, o desmame da Leticia (não, ainda não desmamei 100%), o momento de tirar a chupeta, a vontade de estar em um imóvel com mais que dois cômodos, de usar o banheiro sem pensar se a bichinha vai acordar com o "girar" da maçaneta (essa é fogo, né?).
E ainda tem mais... o pior de tudo, mesmo... Será a imensa saudade que sentiremos daqui. Como pode isso, menina? Não estávamos falando da vontade de "voltar para casa"? Sim, mas veja que esses últimos 12 meses existiram de forma tão intensa e especial, como não sentir saudade da organização de Santa Barbara? Do não engarrafamento, da não muvuca, do não calor, do não frio, da paisagem deslumbrante, dos homeless que ficam plugados na internet com seus laptops, dos parques, dos brinquedos que a Lelê sobe-e-desce, do meu grupo de mães (sempre tem alguém  pronto para encontrar caso eu queira/possa), dos vinhos, das minhas vizinhas (Nicole e Shadi)....? parece que saudade é uma palavra que me acompanha... que vai na minha bolsa. Que maravilha! Saudade não é o amor que fica mas não está agora? Pois então estou com saudade, quero voltar para casa. Mas também estou já com saudade desse ano MARAVILHOSO que passamos Jaime, Lelê e eu aqui... na California... onde tantos foram, voltaram, e nós continuamos aqui, mas também iremos, e quem sabe um dia voltaremos!
Bem-vindo, 2013, traga-me surpresas e saudades, por favor.















sábado, 12 de janeiro de 2013

Descobrir e brincar: 16 meses!

Foi escrevendo um e-mail para o vovô Thadeu que resolvi fazer essa postagem, afinal, esse blog existe para guardar as melhores recordações do crescimento da Lelê, desde a barriga.
No tal e-mail (que na verdade foi uma enorme mensagem provada pelo facebook), contei um pouco sobre como está a Lelê e seus 16 meses de vida. 
Quando a vejo deitada relaxada, esticada no bercinho, penso: Como ela cresceu! mas quando escrevo a idade de vida dela, levo um susto: 16 meses de vida? ãh!? Só viveu isso?! O tempo, o futuro, as expectativas de um mundo melhor esperam pela Leticia, mas hoje o mundo dela está aqui, em Santa Bárbara, Califórnia, em nosso pequeno grande apartamento de 1 quarto. Minúsculo para nós 3, cansativo.... e sim, Jaime, daqui a um tempo pensaremos: como conseguimos sobreviver por 12 meses num lugarzinho tão pequeno? Mas como tudo o que vemos e pensamos depende sob que ângulos olhamos.. esse pequeno apartamento é um mundo para a levada Leticia. Desde que começou a engatinhar, não pára de encontrar novos desafios aos seus olhos, e aos meus, não pára de encontrar coisas perigosas para se distrair.





Como a Leticia é muito ágil, mesmo sendo mais baixa que a média das crianças da idade dela, ela sobre em tudo, abre todos os armários, as portas de correr, as portas com maçaneta e a porta da sacada. Ou seja, não dá mais para segurar a moça. No final do dia estou exausta, mas o que paga o sorriso e a gargalhada dela quando abre uma porta (isso é novidade, o que ainda a deixa muito motivada e feliz), quando sobe uma cadeira e pega algum objeto proibido (iPad, Kindle, óculos do papai, esmalte, caneta, lápis, controles, pincéis de maquiagem (porque ela adora isso?!)?! 

Lelê em cima da frigideira



Com o frio que está lá fora não tenho coragem de sair com a bichinha, mesmo encasacando, prefiro brincar dentro de casa. (Inclusive estou aceitando sugestões de brincadeiras para dias de frio e/ou chuva). Então, essa semana também mostrei pela primeira vez o que é bolha de sabão. Ela ficou encantada!! No segundo dia da brincadeira ela estava querendo pegar as bolhinhas, abanava, apertava, mesmo já estouradas! Uma graça!



A Lelê é muito, muito, muito sapeca!! Ela já entende bastante do que falamos, já obedece ordens como "pegue o sapato, coloque a meia (ainda não sabe calçar mas tenta), vamos ler o livro, cadê seu copo, vamos para o bercinho.. etc" Ela também gosta de fingir que tudo é colar, porque ela me vê usandoaí quer também, então qualquer coisa ela coloca em volta do pescoço e vai pra frente espelho.. tudo serve: meia, camiseta, toalha, pano da cozinha. Tambem ela ADORA brincar de falar ao telefone. ela pega também qualquer coisa e coloca na orelha, e fica balbuciando, e no final fala: "Tau" (Tchau), ou então Bye (que ela sabe o que é também). Engraçado que aqui quase nao usamos o celular. Raríssimo. Muitas vezes ele fica até perdido, sem bateria.. nao sei com quem ela aprendeu... Ela também gosta muito de chaves no chaveiro.. ela anda balançando o molho, e se dirige até a porta, e diz "Tau" também. O que ela já sabe falar??? papai, mamã, papo (sapo, da musica: o sapo não lava o pé, não lava pq não quer.. ele mora lá na lagoa não lava o pé pq não quer, mas que chulé), fala au-au, mu-mu, aponta o dedinho para a mãozinha para dançar a musica do pintinho amarelinho.  








Ultimamente ela tem brincado muito com a boneca que ganhou do vovô Noel. Só que ela gosta de brincar mesmo é com o Jaime, comigo não. Ela dá pra ele cuidar, fazer dormir, colocar no sling... uma graça. Hoje fomos com a pediatra para tomar vacinas... ela fez muitos elogios.. disse que ela não é um bebê gordinho, mas tem um desenvolvimento muscular muito bom, bem atlético, q é para continuar incentivando subidas e descidas (não tem onde ela não suba, mesmo sendo pitoca), e corridas. Também os dentes estão todos perfeitos e limpinhos (também se não tivesse eu morria, porque eu escovo 2 ou 3 vezes ao dia, é um saco, mas tem que fazer)

Outra coisa importante: como a Lelê fala com as avós pelo Skype, não pode pronunciar a palavra "vovó", que ela fica louca apontando para o computador, pedindo para ver e falar com as avós, as duas, viu? 

Bom, o melhor de tudo é que uma hora ela cansa e desmaia. 


Logo, logo volto com mais novidades da Leticia sapequinha!